Ano III - 2011/2013 - Um Blog Ivson de Moraes Alexandre - Católico Apostólico Romano - Volta Redonda/RJ - Brasil.

sábado, 3 de março de 2012

A Eucaristia

LITURGIA DA MISSA

A missa, ou celebração da Eucaristia, não é a oração de um só homem, pois já não basta rezar só em casa; a igreja sempre foi e continua sendo a casa de Deus e o lugar de oração em comunidade. Jesus frequentava o Templo em Jerusalém com Maria, José e os Apóstolos. Jesus já dizia: "se dois de vós se unirem sobre a terra para pedir, o que seja, conseguirão de meu Pai que está nos céus. Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome, ai estou eu no meio deles" (Mt 18, 19-20).

É bom que cada fiél católico entenda bem cada parte da missa a fim de que a Santa Eucaristia não se constitua em um mero rito mecâncico, onde as pessoas só "copiam" o que as outras fazem (gestos, sinal da cruz, genuflexão, etc.) sem entender exatamente o que está acontecendo. A missa é igual para toda a Assembléia mas a maneira de cada um participar pode ser diferente pois depende da fé que as pessoas têm e também do grau de formação na religião. As vezes vamos fazendo muitas coisas sem saber por quê. Para participar da missa com fé e alegria, além da sua formação catequética básica, o fiel deve conhecer todas as etapas da liturgia da missa pois ninguém ama o que não conhece.

O objetivo desta página é de apresentar alguns fundamentos básicos da liturgia da missa a fim de que o fiel católico tire todo o proveito espiritual que a Santa Eucaristia oferece para todos nós, a quase dois milênios a fio. O fiel católico deve ser, sobretudo, um fiel bem informado; se não nos salvarmos a culpa é nossa, já dizia São João Crisóstomo!.



PARTES DA MISSA

A missa é composta pelas seguintes etapas:

Abertura da Celebração;
Liturgia da Palavra;
Liturgia Eucarística;
Rito Final


ABERTURA DA CELEBRAÇÃO

Observando-se a Liturgia da Missa, vemos que ela inicia-se com o canto e a procissão de entrada. A seguir, o sacerdote dialoga com a comunidade, acolhendo-a em nome de Deus. Segue-se o ato penitencial, as aclamações e súplicas e a oração conclusiva.

Estes ritos têm por finalidade:

Reunir os fiéis, possibilitando-lhes uma comunhão;
Dispô-los a ouvir com proveito a Palavra de Deus;
E a celebrar frutuosamente a Eucaristia.


O Canto De Entrada e "Sinal da Cruz"

O canto está a serviço do louvor de Deus e de nossa santificação. Quem canta, reza duas vezes. Não é apenas para embelezar a Missa, mas para nos ajudar a rezar. O canto de entrada deverá estar em plena sintonia com o momento litúrgico que se celebra. Ele tem a função de:

favorecer a união dos fiéis;
Criar um clima festivo;
Introduzir o povo no mistério ou festa celebrados;
Acompanhar a procissão de entrada do celebrante e ministros.

Durante o Canto de Entrada, o celebrante que preside a Missa, acompanhado dos Ministros ou Acólitos, dirige-se para o altar. Faz uma inclinação profunda e depois beija o altar. O beijo tem um endereço: não é propriamente para o mármore ou a madeira do altar, mas para o Cristo, que é o centro de nossa piedade. A procissão de entrada deve ser solene, passando pelo meio do povo, especialmente nos dias festivos. Neste momento o Presidente faz o sinal da cruz e toda a Assembléia o acompanha, dizendo ao final, Amém. A expressão "Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo", tem um sentido bíblico: não quer dizer apenas o "nome", como para nós, ocidentais. "Nome", em sentido bíblico, quer dizer a própria pessoa. Isto significa dizer que iniciamos a Missa colocando a nossa vida e toda a ação nas mãos da Santíssima Trindade.


O diálogo do Celebrante com o povo

Estabelece uma comunicação inicial, criando a comunhão. Pela saudação, o celebrante significa à Assembléia a presença do Senhor no meio do seu povo. A resposta é o reconhecimento desta presença. O diálogo simboliza o mistério da Igreja reunida e vem atualizar o encontro de Cristo com o seu povo.

Preparação Penitencial

Os fiéis, unidos pelos cantos e diálogos, conscientes de sua reunião em Cristo e de sua presença na assembléia confessam que são pecadores se reconciliam entre si e com Deus.

Após um momento de silêncio, usa-se uma das seguintes fórmulas:

I Formula

TODOS: Confesso a Deus todo-poderoso / e a vós, irmãos, / que pequei muitas vezes / por pensamentos e palavras, / atos e omissões, / (e, batendo no peito, dizem) por minha culpa, minha tão grande culpa. / E peço à Virgem Maria, / aos anjos e santos / e a vós, irmãos, / que rogueis por mim a Deus, nosso Senhor.

II Formula

CEL: Senhor, que viestes salvar os corações arrempendidos, tende piedade de nós.

ASS: Senhor, tende piedade de nós.

CEL: Cristo, que viestes chamar os pecadores, tende piedade de nós.

ASS: Cristo, tende piedade de nós.

CEL: Senhor, que intercedeis por nós junto do Pai, tende piedade de nós.

ASS: Senhor, tende piedade de nós.

CEL: Deus todo-poderoso tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.

ASS: Amém!


Canto do Glória

É o hino pelo qual a Igreja louva, agradece e suplica ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo

O Glória pode também ser recitado, como segue:

CEL: Glória a Deus nas alturas

ASS: e paz na terra aos homens por ele amados. / Senhor Deus, rei dos céus, Deus Pai todo-poderoso: / nós vos louvamos, / nós vos bendizemos, / nós vos adoramos, / nós vos glorificamos, / nós vos damos graças / por vossa imensa glória. / Senhor Jesus Cristo, Filho unigênito, / Senhor Deus, Cordeiro de Deus, Filho de Deus Pai. / Vós que tirais o pecado do mundo, / tende piedade de nós. / Vós que tirais o pecado do mundo, / acolhei a nossa súplica. / Vós que estais à direita do Pai, / tende piedade de nós. / Só vós sois o Santo, / só vós, o Senhor, / só vós, o Altíssimo, / Jesus Cristo, / com o Espírito Santo, / na glória de Deus Pai, / Amém

O Canto do Glória é um hino antiquíssimo e venerável, pelo qual a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus Pai e ao Cordeiro, é cantado pela Assembléia dos fiéis ou pelo povo que o alterna com o grupo de cantores ou pelo próprio grupo de cantores. Se não for cantado, dever ser recitado por todos, juntos ou alternadamente.

O Canto do Glória é cantado ou recitado aos domingos, exceto no tempo do Advento e da Quaresma, nas solenidades e festas e ainda em celebrações especiais mais solenes


Oração do dia (coleta)

O celebrante, em nome de toda a Igreja reunida, se dirige a Deus, por intermédio de Jesus Cristo. Há sempre uma oração do dia para cada momento litúrgico, conforme estabelece o Missal Romano, cuja versão para a língua portuguêsa, para o Brasil, foi aprovada pela Comisssão Episcopal de Textos Litúrgicos (CETEL), da CNBB, em uso desde 25/09/91. A oração da coleta exprime a índole da celebração e dirige, pelas palavras do celebrante, uma súplica a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo.

Aqui todos os fiéis oram, em silêncio, por algum tempo. No fim da oração a Assembléia aclama com um Amém. Em seguida todos sentam-se para ouvir com atenção a Liturgia da Palavra.



LITURGIA DA PALAVRA

A Liturgia da Palavra é composta por

Leituras: Antigo Testamento, Novo Testamento, e Evangelho.
Cânticos Interlecionais: Salmo responsorial ou canto de meditação e Aclamação ao Evangelho.
Homilia
Profissão de Fé
Oração Universal (Prece dos Fiéis).

Através das leituras, Deus fala a seu povo. Como por tradição, o ofício de proferir as leituras não é função presidencial, mas ministerial, convém que via de regra o diácono, ou na falta dele outro sacerdote, leia o Evangelho; o leitor faça as demais leituras.

Através dos cânticos, a Assembléia responde a Deus. O salmo responsorial ou gradual é tirado do Lecionário, pois cada um de seus textos se acha diretamente ligado à respectiva leitura; assim a acolhida dos salmos depende das leituras.

O cântico de aclamação ao Evangelho é feito através do "Aleluia" ou outro canto de acordo com o tempo litúrgico, preparado pela Equipe de Liturgia. O "Aleluia" é cantado em todos os tempos, exceto na Quaresma

A Homilia é a explicação da Palavras do Senhor. Convém que seja uma explicação de algum aspecto das leituras da Sagrada Escritura ou de outro texto do Ordinário ou próprio da Missa do dia, levando em conta tanto o mistério celebrado, como as necessidades particulares dos ouvintes.

A Profissão de Fé é a adesão da comunidade à Palavra do Senhor. Ela tem por objetivo levar o povo a dar seu assentimento e resposta à palavra de Deus ouvida nas leituras e na homilia, bem como recordar-lhe a regra da fé antes de iniciar a celebração da Eucaristia. Quando cantado, deve sê-lo por todo o povo, seja por inteiro, seja alternadamente.

A oração do Credo pode ser aquela do símbolo apostólico, que aparece normalmente em todos os jornais litúrgicos, ou a do símbolo Niceno-Constantinopolitano, a seguir:

Creio em um só Deus, / Pai todo-poderoso, / criador do céu e da terra, / de todas as coisas visíveis e invisíveis. / Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, / Filho unigênito de Deus, / nascido do Pai antes de todos os séculos: / Deus de Deus, / luz da luz, / Deus verdadeiro de Deus verdadeiro; / gerado, não criado, / consubstancial ao Pai. / Por ele todas as coisas foram feitas. / E por nós, homens, e para nossa salvação, / desceu dos céus: (referência) / e se encarnou pelo Espírito Santo, / no seio da virgem Maria, / e se fez homem. / Também por nós foi crucificado sob Pôncio Pilatos; / padeceu e foi sepultado. / Ressuscitou ao terceiro dia, / conforme as Escrituras, / e subiu aos céus, / onde está sentado à direita do Pai. / E de novo há de vir, em sua glória, / para julgar os vivos e os mortos; / e o seu reino não terá fim. / Creio no Espírito Santo, Senhor que dá a vida, / e procede do Pai e do Filho; / e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: / ele que falou pelos profetas. / Creio na Igreja, / una, santa, católica e apostólica. / Professo um só batismo para remissão dos pecados. / E espero a ressurreição dos mortos / e a vida do mundo que há de vir. / Amém.

A Oração Universal ou Prece dos Fiéis é a súplica comunitária pelas necessidades da Igreja universal, do mundo e Igreja local. Ela encerra a Liturgia da Palavra . Os fiéis fazem essas orações confiando em Jesus, que disse: "Pedi e recebereis, buscai e encontrareis, batei e a porte se abrirá. Porque todo o que pede, recebe; o que busca, encontra; e a quem bate se abrirá" (Mt 7, 7-8). Convém que, normalmente, se faça esta oração nas Missas com o povo, de tal sorte que se reze pelas seguintes intensões:

Pelas necessidades da Igreja;
Pelos poderes públicos e pela salvação de todo o mundo;
Pelos que sofrem qualquer necessidade;
Pela comunidade local.

É bom que se faça preces curtas e bem objetivas, colocando-se em mente que não se trata de uma pequena homilia particular, com textos longos e verdades próprias. A participação do leigo, com orientação das Equipes de Liturgia, é de fundamental importância. Além das preces já preparadas previamente é importante que o celebrante incentive a Assembléia a fazer outras preces complementares, caso haja condições práticas para tal (Assembléias pequenas, etc.).



LITURGIA EUCARÍSTICA

Na última Ceia, Cristo instituiu o sacrifício e a ceia pascal, que tornam continuamente presente na Igreja o sacrifício da cruz, quando o sacerdote, representante do Cristo Senhor, realiza aquilo mesmo que o Senhor fez e entregou aos discípulos para que o fizessem em sua memória.

É composta pelas seguintes partes:

Preparação dos dons;
Oração Eucarística
Ritos da Comunhão.


Preparação dos dons ou das ofertas

Na Preparação sobre as oferendas, levam-se ao altar o pão e o vinho com água, isto é, aqueles elementos que Cristo tomou em suas mãos. Em primeiro lugar prepara-se o altar ou mesa do Senhor, que é o centro de toda a liturgia eucarística, colocando-se nele o corporal, o purificatório, o Missal Romano e o cálice, a não ser que se prepare na credência (mesa junto ao altar, onde se colocam as galhetas e outros acessórios da missa). A seguir trazem-se as oferendas. É louvável que os fiéis apresentem o pão e o vinho que o sacerdote ou o diácono recebem em lugar conveniente e depõem sobre o altar, proferindo as fórmulas estabelecidas. Também são recebidos o dinheiro ou outros donativos oferecidos pelos fiéis para os pobres ou para a Igreja, ou recolhidos no recinto dela; serão, no entanto, colocados em lugar conveniente, fora da mesa eucarística. Em seguida o celebrante lava as mãos, exprimindo por esse rito o seu desejo de purificação interior.

Aqui, o celebrante levanta a patena com o pão dizendo:

CEL: Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo pão que recebemos de vossa bondade, fruto da terra e do trabalho do homem, que agora vos apresentamos, e para nós se vai tornar pão da vida.

Se não houver o canto do ofertório o povo poderá aclamar:

ASS: Bendito seja Deus para sempre!

O celebrante derrama vinho e um pouco de água no cálice, rezando em silêncio:

CEL: (reza em silêncio) Pelo mistério desta água e deste vinho possamos participar da divindade do vosso Filho, que se dignou assumir a nossa humanidade.

Em seguida o celebrante reza:

CEL: Bendito sejais, Senhor, Deus do universo, pelo vinho que recebemos de vossa bondade, fruto da videira e do trabalho do homem, que agora vos apresentamos e para nós se vai tornar vinho da salvação.

Se não houver o canto ao ofertório, o povo poderá aclamar:

ASS: Bendito seja Deus para sempre!

O celebrante, inclinado, reza em silêncio:

CEL: De coração contrito e humilde, sejamos Senhor, acolhidos por vós; e seja o vosso sacrifício de tal modo oferecido que vos agrade, Senhor, nosso Deus.

O sacerdote lava as mãos, dizendo em silêncio:

CEL: Lavai-me, Senhor, das minhas faltas e purificai-me do meu pecado.

Agora, o celebrante faz a oração sobre as ofertas:

CEL: Orai, irmãos, para que o nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai todo-poderoso.

ASS: Receba o Senhor por tuas mãos este sacrifício, para glória do seu nome, para no nosso bem e de toda a santa Igreja.

O celebrante agora profere a oração sobre as ofertas, que é tirada do Missal Romano e é própria de cada celebração, de acordo com o momento litúrgico. No fim a Assembléia responde com "Amém".


Oração Eucarística

Na Oração Eucarística rendem-se graças a Deus por toda a obra salvífica e as oferendas tornam-se Corpo e Sangue de Cristo. Pela fração do mesmo pão manifesta-se a unidade dos fiéis e pela comunhão os fiéis recebem o Corpo e o Sangue do Senhor como os Apóstolos o receberam das mãos do próprio Cristo.

É o ponto central da ação litúrgica: é a ação de graças e consagração.

Por ela os fiéis se unem a Cristo para proclamar as maravilhas de Deus e oferecer o verdadeiro sacrifício: oferecem o Cristo, pelo sacerdote; e unidos a Cristo, oferecem a sim mesmos ao Pai.

Inicia-se pelo prefácio do celebrante, que é sempre oração de ação de graças pela obra da salvação e de glorificação ao Pai. O prefácio é variável e há um ou mais para cada tempo da Liturgia, conforme o Missal Romano. Por exemplo: Prefácios do Advento, do Natal, da Epifania, da Quaresma, da Paixão, da Páscoa, da Ascensão do Senhor, do Pentecostes, de Cristo Rei, da Eucaristia, da Santíssima Trindade, de nossa Senhora, de São José, dos Apóstolos, dos Santos, dos Mártires, dos Pastores, das Virgens e Religiosos, dos Anjos, dos Mortos e diversos Prefácios do Tempo Comum, além de alguns Prefácios especiais que fazem parte da Oração Eucarística. O prefácio é um hino de "abertura" que nos introduz no Mistério Eucarístico. Por isso, o presidente convida a Assembléia para elevar os corações a Deus, dizendo: "Corações ao alto!". É um hino que proclama a santidade de Deus e dá graças ao Senhor.

O final do prefácio é sempre igual. Termina com esta aclamação "Santo, Santo, Santo, Senhor, Deus do universo! O céu e a terra proclamam a vossa glória. Hosana nas alturas! Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas!" Às vezes, quanto o "Santo" é cantado, mudam-se algumas palavras. Mas o sentido deve permanecer o mesmo. Em geral, é cantado nas Missas dominicais e recitado nas Missas simples do meio da semana. O "Santo" é tirado do profeta Isaías (6,3), o qual teve a seguinte visão: Serafins, no Templo, aclamavam em alta voz: "Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus dos exércitos! Toda a terra está cheia de sua glória!" A repetição, dizendo três vezes "Santo", é um reforço de expressão para significar o máximo de santidade. É como se dissesse que Deus é "Santíssimo". O que o profeta Isaías quer dizer é que ele é um homem de lábios impuros, indigno de falar em nome de Deus, e que, no entanto, viu a glória do Senhor no templo. Por isso estava atemorizado e dizia: "Ai de mim, estou perdido!" Então veio um anjo e purificou os seus lábios com uma brasa viva. Esta passagem é uma lição para nós, que participamos da Eucaristia. Também nós somos pecadores, de lábios impuros, e estamos nos preparando para receber o Corpo do Senhor em nossa boca.

O Missal Romano apresenta cinco Orações Eucarísticas básicas que contemplam os seguintes aspectos:

A Igreja invoca o Pai para que sejam consagrados os dons oferecidos pela comunidade. (Orações Eucarísticas I e III)
A Igreja invoca o Pai para que sejam consagrados os dons oferecidos pela comunidade. Os dons apresentados, pela ação do Espírito Santo, se tornarão corpo e sangue do Senhor (Orações Eucarísticas II e IV);
A ação de graças se prolonga: a criação do homem a desobediência deste e o socorro salvífico, anunciado na esperança dos profetas, e na encarnação do Filho de Deus, que entregou-se à morte, mas ressuscitou glorioso, enviando o Espírito Santo para levar à plenitude a obra da redenção (Oração Eucarística IV, pag. 488 do Missal Romano)
A Igreja intercede pelo santo padre, pelo bispo local e por todos os presentes (todas as Orações Eucarísticas);
A Igreja da terra se une aos santos do céu (Oração Eucarística I, pág. 469);
Os dons apresentados pela ação do Espírito Santo se tornarão corpo e sangue do Senhor (Orações Eucarísticas I e III);
A narrativa da Instituição revive a última ceia na qual Cristo instituiu o sacramento de sua paixão e ressurreição (todas as Orações Eucarísticas);
A Igreja rememora o oferecimento do próprio Cristo ao Pai, recordando sua paixão, ressurreição e ascensão ao céu. É o verdadeiro ofertório da missa (todas as Orações Eucarísticas);
As intercessões são a prece pela qual se manifesta que a celebração eucarística é feita em união com toda a Igreja, a da terra e a do céu, pelos vivos e mortos (todas as Orações Eucarísticas);
A doxologia (forma de louvor à glória de Deus) final é a expressão da glorificação de Deus, uno e trino, que a comunidade ratifica (todas as Orações Eucarísticas);
A igreja reconhece a necessidade de louvar a Deus. Este louvor leva a Igreja a ser santa (Oração Eucarística V, página 495 do Missal Romano).

Um detalhe interessante a ser observado pela Assembléia é o anúncio, pelo celebrante, de "Tudo isto é Mistério da Fé!", proferido logo após a narrativa da Instituição; nesse momento todos os que se ajoelharam deverão ficar de pé e recitar de alto e bom som a seguinte citação:

Toda vez que se come deste pão, toda vez que se bebe deste vinho, se recorda a paixão de Jesus Cristo e se fica esperando a sua volta.

O Missal Romano apresenta ainda Orações Eucarísticas para diversas circunstâncias com Missas com crianças (I, II e III), sobre reconciliação (I, pág 866 e II, pág 871) entre outras.



Ritos da Comunhão

Visam preparar os fiéis para receberem o corpo e o sangue do Senhor como alimento espiritual.

Na Oração do Senhor, o Pai-Nosso, os fiéis vivenciam os seguintes aspectos:

Todos sentem com filhos do mesmo Pai que está nos céus;
Pedem o pão de cada dia e a vinda do reino de Deus;
Imploram o perdão e perdoam seus irmãos.

A seguir a Assembléia pede paz e unidade para a Igreja. Saúdam-se todos, fraternalmente, no amor do Senhor. No abraço da paz todos, segundo o costume do lugar, manifestam uns aos outros a paz e a caridade. Ao cumprimentar o seu irmão, pergunte pelo nome dele, repetindo-o na sua saudação. Fica mais elegante e aproximam mais as pessoas.

Ao término todos voltam a fazer silêncio para que haja um clima de comunhão associado às orações do momento. Aqui o celebrante parte o pão e coloca um pedaço no cálice, rezando em silêncio: "Esta união do corpo e do sangue de Jesus, o Cristo e Senhor nosso, que vamos receber, nos serva para a vida eterna!" Enquanto isso a Assembléia canta ou recita o "Cordeiro de Deus"

A seguir o celebrante reza em silêncio: "Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, que cumprindo a vontade do Pai e agindo com o Espírito Santo, pela vossa morte destes vida ao mundo: livrai-me dos meus pecados e de todo mal; pelo vosso corpo e pelo vosso sangue, dai-me cumprir sempre a vossa vontade e jamais separar-me de vós." ou ainda: "Senhor Jesus Cristo, o vosso corpo e o vosso sangue, que vou receber, não se tornem causa de juízo e condenação; mas, por vossa bondade, sejam sustento e remédio para minha vida".

Agora temos a cumunhão propriamente dita, sendo o momento da participação mais perfeita: comunhão com Cristo após a comunhão com os irmãos. O sacerdote diz em voz alta: "Felizes os convidados para a ceia do Senhor! Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". Agora ele acrescenta, com o povo: "Senhor, eu não sou digno de que entreis em minha morada, mas dizei uma palavra e serei salvo". Em seguida ele reza em silêncio: "Que o corpo de Cristo me guarde para a vida eterna". Ele comunga o corpo de Cristo e depois reza em silêncio: "Que o sangue de Cristo me guarde para a vida eterna." Nesse momento ele comunga o sangue de Cristo. A seguir, o celebrante e/ou diácono(s) e ministros da eucaristia toma o cibório e diz a cada um dos que vão comungar: "O corpo de Cristo". O que vai comungar responde: "Amém!".

Ao final, enquanto faz a purificação o celebrante reza em silêncio: "Fazei, Senhor, que conservemos num coração puro o que nossa boca recebeu. E que esta dádiva temporal se transforme para nós em remédio eterno." É aconselhável guardar um momento de silêncio ou recitar algum salmo ou cântico de louvor.

Enquanto o celebrante comunga o corpo de Cristo, inicia-se o canto da comunhão



RITO FINAL

Conhecido como o Rito da Bênção, é o desfecho da Santa Eucaristia. Após os comunicados e avisos importantes a serem apresentados à comunidade é uma boa prática que a Equipe de Liturgia indique à Assembléia o compromisso da semana, baseada na liturgia que acaba de ser desenvolvida.

Ao dar a bênção, o celebrante traça uma cruz sobre a Assembléia, e todos podem inclinar a cabeça. Existem outras fórmulas de bênçãos mais solenes, de acordo com a festa litúrgica. Eis, por exemplo, a bênção que o Missal Romano traz para o primeiro dia do ano:

CEL: Que Deus todo-poderoso, fonte e origem de toda a bênção, vos conceda a sua graça, derrame sobre vós as suas bênçãos e vos guarde sãos e salvos todos os dias deste ano!

ASS: Amém!

CEL: Que vos conserve íntegros na fé, pacientes na esperança e perseverantes até o fim na caridade!

ASS: Amém!

CEL: Que Ele disponha na sua paz os vossos atos e vossos dias, atenda sempre vossas preces e vos conduza à vida eterna!

ASS: Amém!

CEL: A bênção de Deus todo-poderoso, Pai, Filho e Espírito Santo, desça sobre vós e permaneça para sempre!

ASS: Amém!

O celebrante pode também abençoar com outras palavras, de acordo com as circuinstâncias. Os franciscanos por exemplo utilizam muito a oração conforme Nm 6, 22-27, que diz: "O Senhor te abençoe e te guarde; o Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti e te seja benigno; o Senhor mostre para ti a sua face e te conceda a paz"

Cada fiel deve se colocar pessoalmente sob aquela bênção, como seu nome e sua vida. Não saia da igreja antes da bênção final. A missa termina com a bênção e em seguida vem o canto final, que deve ser alegre, pois foi uma felicidade ter participado da Missa. E desejável também que a Assembléia só saia da igreja após a retirada do celebrante, acólitos e ministros. Exercite também o espírito de comunidade, conversando mais com seus irmãos. Ao chegar em casa, dê um abraço em todas as pessoas da sua família, saudando com "A Paz e Cristo"; mostre que você está em estado de graça pois acaba de vir da Santa Eucaristia, que representa um encontro com o Senhor e com os irmãos em Cristo.

Fonte:
Missal Romano, co-edição de Edições Paulinas e Editora Vozes, 1991
A Missa Parte por Parte, Padre Luiz Cechinato, Editora Vozes, 1993
Liturgia da Missa (Opúsculo), Edições Paulinas, 1979

sábado, 26 de novembro de 2011

O ADVENTO



A palavra "advento" quer dizer "que está para vir". O tempo do Advento é para toda a Igreja, a vivência do mistério de espera e preparação da vinda de Cristo. Neste tempo celebramos nas primeiras semanas a espiritualidade de espera da segunda vinda, e nas semanas mais próximas a seu fim a preparação para as solenidades de sua primeira vinda, seu nascimento.

É Momento de forte mergulho na liturgia e na mística cristã. É tempo de espera e esperança, de estarmos atentos e vigilantes, preparando-nos alegremente para a vinda do Senhor, como uma noiva que se enfeita, se prepara para a chegada de seu noivo, seu amado.

O Advento começa às vésperas do Domingo mais próximo do dia 30 de Novembro e vai até as primeiras vésperas do Natal de Jesus contando quatro domingos.

Esse Tempo possui as duas características já citadas: As duas últimas semanas, dos dias 17 a 24 de dezembro, visam em especial, a preparação para a celebração do Natal, a primeira vinda de Jesus entre nós. Nas duas primeiras semanas, a nossa expectativa se volta para a segunda vinda definitiva e gloriosa de Jesus Cristo, Salvador e Senhor da história, no final dos tempos. Por isto, o Tempo do Advento é um tempo de piedosa e alegre expectativa.

Origem

Há relatos de que o Advento começou a ser vivido entre os séculos IV e VII em vários lugares do mundo, como preparação para a festa do Natal. No final do século IV na Gália (atual França) e na Espanha tinha caráter ascético com jejum abstinência e duração de 6 semanas como na Quaresma (quaresma de S. Martinho). Este caráter ascético para a preparação do Natal se devia à preparação dos catecúmenos para o batismo na festa da Epifania. Somente no final do século VII, em Roma, é acrescentado o aspecto escatológico do Advento, recordando a segunda vinda do Senhor e passou a ser celebrado durante 5 domingos.

Só após a reforma litúrgica é que o Advento passou a ser celebrado nos seus dois aspectos: a vinda definitiva do Senhor e a preparação para o Natal, mantendo a tradição das 4 semanas. A Igreja entendeu que não podia celebrar a liturgia, sem levar em consideração a sua essencial dimensão escatológica.

Teologia do Advento

O Advento recorda a dimensão histórica da salvação, evidencia a dimensão escatológica do mistério cristão e nos insere no caráter missionário da vinda de Cristo. Ao serem aprofundados os textos litúrgicos desse tempo, constata-se na história da humanidade o mistério da vinda do Senhor. Jesus que de fato se encarna e se torna presença salvífica na história, confirmando a promessa e a aliança feita ao povo de Israel. Deus que, ao se fazer carne, plenifica o tempo (Gl 4,4) e torna próximo o Reino (Mc 1,15) . O Advento recorda também o Deus da revelação, Aquele que é, que era e que vem (Ap 1, 4-8), que está sempre realizando a salvação mas cuja consumação se cumprirá no "dia do Senhor", no final dos tempos. O caráter missionário do Advento se manifesta na Igreja pelo anúncio do Reino e a sua acolhida pelo coração do homem até a manifestação gloriosa de Cristo. As figuras de João Batista e Maria são exemplos concretos da missionariedade de cada cristão, quer preparando o caminho do Senhor, quer levando o Cristo ao irmão para o santificar. Não se pode esquecer que toda a humanidade e a criação vivem em clima de advento, de ansiosa espera da manifestação cada vez mais visível do Reino de Deus.

A celebração do Advento é, portanto, um meio precioso e indispensável para nos ensinar sobre o mistério da salvação e assim termos a Jesus como referencia e fundamento, dispondo-nos a "perder" a vida em favor do anúncio e instalação do Reino.

Espiritualidade do advento

A liturgia do Advento nos impulsiona a reviver alguns dos valores essenciais cristãos, como a alegria expectante e vigilante, a esperança, a pobreza, a conversão.

Deus é fiel a suas promessas: o Salvador virá; daí a alegre expectativa, que deve nesse tempo, não só ser lembrada, mas vivida, pois aquilo que se espera acontecerá com certeza. Portanto, não se está diante de algo irreal, fictício, passado, mas diante de uma realidade concreta e atual. A esperança da Igreja é a esperança de Israel já realizada em Cristo mas que só se consumará definitivamente na parusia do Senhor. Por isso, o brado da Igreja característico nesse tempo é "Marana tha"! Vem Senhor Jesus!

O tempo do Advento é tempo de esperança porque Cristo é a nossa esperança (I Tm 1, 1); esperança na renovação de todas as coisas, na libertação das nossas misérias, pecados, fraquezas, na vida eterna, esperança que nos forma na paciência diante das dificuldades e tribulações da vida, diante das perseguições, etc.

O Advento também é tempo propício à conversão. Sem um retorno de todo o ser a Cristo não há como viver a alegria e a esperança na expectativa da Sua vinda. É necessário que "preparemos o caminho do Senhor" nas nossas próprias vidas, "lutando até o sangue" contra o pecado, através de uma maior disposição para a oração e mergulho na Palavra.

No Advento, precisamos nos questionar e aprofundar a vivência da pobreza. Não pobreza econômica, mas principalmente aquela que leva a confiar, se abandonar e depender inteiramente de Deus (e não dos bens terrenos), que tem n'Ele a única riqueza, a única esperança e que conduz à verdadeira humildade, mansidão e posse do Reino.

As Figuras do Advento:
ISAIAS

É o profeta que, durante os tempos difíceis do exílio do povo eleito, levava a consolação e a esperança. Na segunda parte do seu livro, dos capítulos 40 - 55 (Livro da Consolação), anuncia a libertação, fala de um novo e glorioso êxodo e da criação de uma nova Jerusalém, reanimando assim, os exilados.

As principais passagens deste livro são proclamadas durante o tempo do Advento num anúncio perene de esperança para os homens de todos os tempos.

JOÃO BATISTA

É o último dos profetas e segundo o próprio Jesus, "mais que um profeta", "o maior entre os que nasceram de mulher", o mensageiro que veio diante d'Ele a fim de lhe preparar o caminho, anunciando a sua vinda (conf. Lc 7, 26 - 28), pregando aos povos a conversão, pelo conhecimento da salvação e perdão dos pecados (Lc 1, 76s).

A figura de João Batista ao ser o precursor do Senhor e aponta-lO como presença já estabelecida no meio do povo, encarna todo o espírito do Advento; por isso ele ocupa um grande espaço na liturgia desse tempo, em especial no segundo e no terceiro domingo.

João Batista é o modelo dos que são consagrados a Deus e que, no mundo de hoje, são chamados a também ser profetas e profecias do reino, vozes no deserto e caminho que sinaliza para o Senhor, permitindo, na própria vida, o crescimento de Jesus e a diminuição de si mesmo, levando, por sua vez os homens a despertar do torpor do pecado.

MARIA

Não há melhor maneira de se viver o Advento que unindo-se a Maria como mãe, grávida de Jesus, esperando o seu nascimento. Assim como Deus precisou do sim de Maria, hoje, Ele também precisa do nosso sim para poder nascer e se manifestar no mundo; assim como Maria se "preparou" para o nascimento de Jesus, a começar pele renúncia e mudança de seus planos pessoais para sua vida inteira, nós precisamos nos preparar para vivenciar o Seu nascimento em nós mesmos e no mundo, também numa disposição de "Faça-se em mim segundo a sua Palavra" (Lc 1, 38), permitindo uma conversão do nosso modo de pensar, da nossa mentalidade, do nosso modo de viver, agir etc.

Em Maria encontramos se realizando, a expectativa messiânica de todo o Antigo Testamento.

JOSÉ

Nos textos bíblicos do Advento, se destaca José, esposo de Maria, o homem justo e humilde que aceita a missão de ser o pai adotivo de Jesus. Ao ser da descendência de Davi e pai legal de Jesus, José tem um lugar especial na encarnação, permitindo que se cumpra em Jesus o título messiânico de "Filho de Davi".

José é justo por causa de sua fé, modelo de fé dos que querem entrar em diálogo e comunhão com Deus.

A Celebração do Advento

O Advento deve ser celebrado com sobriedade e com discreta alegria. Não se canta o Glória, para que na festa do Natal, nos unamos aos anjos e entoemos este hino como algo novo, dando glória a Deus pela salvação que realiza no meio de nós. Pelo mesmo motivo, o diretório litúrgico da CNBB orienta que flores e instrumentos sejam usados com moderação, para que não seja antecipada a plena alegria do Natal de Jesus.

As vestes litúrgicas (casula, estola etc) são de cor roxa, bem como o pano que recobre o ambão, como sinal de conversão em preparação para a festa do Natal com exceção do terceiro domingo do Advento, Domingo da Alegria ou Domingo Gaudete, cuja cor tradicionalmente usada é a rósea, em substituição ao roxo, para revelar a alegria da vinda do libertador que está bem próxima e se refere a segunda leitura que diz: Alegrai-vos sempre no Senhor. Repito, alegrai-vos, pois o Senhor está perto.(Fl 4, 4).

Vários símbolos do Advento nos ajudam a mergulhar no mistério da encarnação e a vivenciar melhor este tempo. Entre eles há a coroa ou grinalda do Advento. Ela é feita de galhos sempre verdes entrelaçados, formando um círculo, no qual são colocadas 4 grandes velas representando as 4 semanas do Advento. A coroa pode ser pendurada no prebistério, colocada no canto do altar ou em qualquer outro lugar visível. A cada domingo uma vela é acesa; no 1° domingo uma, no segundo duas e assim por diante até serem acesas as 4 velas no 4° domingo. A luz nascente indica a proximidade do Natal, quando Cristo salvador e luz do mundo brilhará para toda a humanidade, e representa também, nossa fé e nossa alegria pelo Deus que vem. O círculo sem começo e sem fim simboliza a eternidade; os ramos sempre verdes são sinais de esperança e da vida nova que Cristo trará e que não passa. A fita vermelha que enfeita a coroa representa o amor de Deus que nos envolve e a manifestação do nosso amor que espera ansioso o nascimento do Filho de Deus. A cor roxa das velas nos convida a purificar nossos corações em preparação para acolher o Cristo que vem. A vela de cor rosa, nos chama a alegria, pois o Senhor está próximo. Os detalhes dourados prefiguram a glória do Reino que virá.

Podemos também, em nossas casas, com as nossas famílias, mergulhar no espírito do Advento celebrando-o com a ajuda da coroa do Advento ou com a Escada do Advento que pode ser colocada ao lado da mesa de refeição.

Assessoria Litúrgica Shalom

domingo, 6 de novembro de 2011

Objetos Liturgicos - Igreja Católica Apostólica Romana (ICAR)



ALTAR

A mesa em que o padre celebra a "Eucaristia". É o centro de toda a liturgia. O altar deve estar revestido com uma toalha branca, sobre a qual se colocam o crucifixo e as velas acesas.



ÂMBULA OU CIBÓRIO

É uma vasilha de diversos formatos e tamanhos com tampa. Destina-se a colocar as hóstias consagradas que serão distribuídas ao povo. É também usada para guardar as hóstias consagradas que sobrarem, as quais serão depositadas no sacrário.



ASPERSÓRIO

Pequeno bastão de metal com o qual se asperge água benta sobre os fiéis.




CALDEIRA DE ÁGUA BENTA

Vasilha onde se coloca a água benta com o qual aspergirá os fiéis.




Cálice

Foi usado por Jesus na última ceia. É um dos objetos mais sagrados da igreja, porque se destina a receber o sangue de Cristo após a consagração.




CASTIÇAL

Objeto usado para colocar as velas durante a Santa Missa.




CASULA

Espécie de manto que o presbítero usa sobre a alva ou a túnica para a celebração da Missa. A cor varia conforme o tempo litúrgico. É também conhecida com o nome de "planeta".

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Verbum Domini: saiba mais sobre documento escrito pelo Papa


A igreja colocou nas mãos dos católicos desde o ano passado um documento no qual o Papa Bento XVI traz orientações precisas a todos os que desejam, de fato, se aprofundar na Palavra de Deus. Trata-se da exortação pós-sinodal Verbum Domini, publicada pelo Vaticano em 30 de setembro de 2010, após o Sínodo sobre a Palavra de Deus, realizado em outubro de 2008.

O documento é divido em três partes: Verbum Dei, Verbum Ecclesia e Verbum Mundo. O Papa leva o fiel a fazer um percurso desde a explicação do significado do Verbo, ou seja a ‘Palavra de Deus’, à maneira como cada batizado é chamado a encarnar o ensinamento evangélico na sua vida e a anunciá-lo.

Uma curiosidade é que o Papa fez questão de enfatizar as palavras "relacionamento" e "encontro", que aparecem mais de 40 vezes nas 386 páginas do documento. O decano da Faculdade de Teologia da Universidade Pontifícia Salesiana (UPS), em Roma, padre Giorgio Zevini, que participou do Sínodo de 2008 que deu origem à exortação pós-sinodal, explica porque o Pontífice privilegiou estas duas palavras na Verbum Domini.

"O Papa tem muito no coração que entre Deus e o homem se supere toda distância. Deus nos quer para si. Cada um de nós é capaz de escutar e de responder ao chamado de Deus e à Sua palavra. O homem foi criado na palavra e vive na mesma: ele não pode entender a si mesmo se não se abre a este diálogo com Deus, que é um colóquio de amor.", explicou padre Zevini.

O Biblista, que é professor de Ciências bíblicas na Universidade Salesiana Pontifícia de Roma, ao falar sobre a força da Sagrada Escritura, a qual conduz o homem a um estreito contato com Deus, elenca os frutos gerados deste relacionamento entre o Criador e o homem.

"A palavra valoriza o homem, não mortifica os nossos desejos autênticos, mas os ilumina, purificando-os e levando-os à complementariedade. Resta a nós abrir a mente e o coração à ação do Espirito Santo que nos faz entender a Palavra de Deus presente nas Sagradas escrituras”, disse.

Entender a Palavra de Deus sem desligar-se da Igreja

A palavra de Deus gera uma relação de intimidade com Deus, um diálogo capaz de transformar a vida da pessoa, segundo afirmou o biblista nos parágrafos precedentes. Por trás da mesma palavra, existe uma Igreja que por séculos sempre foi cuidadosa quanto a assimilação e difusão dos textos sacros. Muitos chegam a dizer enfaticamente: "Eu leio a Bíblia sozinho e tento vivê-la, não preciso ir à missa”. Padre Zevini, baseando-se na própria Palavra e no ensinamento da Igreja Católica, explica se este caminho de conhecimento deve sempre ser feito de forma individual.

“A escritura deve ser lida e compreendida “in Ecclesia” (na Igreja). Deus nos fala em muitas realidades, como na Sagrada Escritura, nos sacramentos, na comunidade, na história. Naturalmente a referência à liturgia como lugar privilegiado da escuta na fé tende a ligar a Palavra de Deus ao sacramento fonte e cume de toda a vida da Igreja. Na liturgia, a palavra de Deus é celebrada como palavra atual e vivente”, afirmou.

domingo, 21 de agosto de 2011

Símbolos litúrgicos

Vestes dos ministros ordenados

Amito Vêm do (latim amictus, anaboladium): é um rectângulo de tecido branco, normalmente de linho ou algodão e com uma cruz ao meio, tendo fitas ou cordões em duas das pontas. Serve para colocar à volta do pescoço, atando-se no peito com as fitas. Todos os ministros que vestem alva, podem vestir o amicto. O seu uso é obrigatório sempre que a alva ou túnica não cubra totalmente a roupa que se usa por debaixo na zona do pescoço.
O seu uso parece que não vai além do século VIII. A princípio colocava-se sobre a alva, e algumas vezes até sobre a casula e servia para cobrir a cabeça quando se ia ou vinha do altar; [...]. Hoje, segundo o rito romano, é o primeiro dos paramentos sagrados; colocado sobre as espáduas, fica entre as vestes ordinárias e a alva e restantes vestes sagradas. Colocava-se sobre a cabeça, simbolizando o capacete da fé, com que estamos armados contra as tentações; envolvendo o pescoço e protegendo-o contra os acidentes do ar, significa a moderação da voz, a prudência e discreção nas palavras. VASCONCELOS, Dr. António Garcia Ribeiro de, Compêndio de liturgia romana, vol. I, p. 99.
Ao vestir o amicto o ministro diz: "Senhor, colocai sobre a minha cabeça o capacete da salvação, para que possa repelir todos os assaltos diabólicos."
  • Alva ou túnica (lat. alba): é geralmente de tecido branco e cobre todo o corpo até aos pés. Veste-se sobre a batina ou outra roupa ordinária e sobre o amicto (se for usado). Simboliza a túnica branca vestida a Jesus Cristo em casa de Herodes. Além disso simboliza pela sua cor a pureza, candura e santidade de vida que deve ser apanágio do sacerdote; o linho, naturalmente impuro, mas embranquecido à custa de muitos esforços e trabalhos, completa o símbolo. VASCONCELOS, Dr. António Garcia Ribeiro de, Compêndio de liturgia romana, vol. I, p. 99.
Ao vesti-la o sacerdote diz: "Fazei-me puro, Senhor, e santificai o meu coração, para que, purificado com o sangue do Cordeiro, mereça gozar as alegrias eternas." Neste momento, o sacerdote despoja-se daquilo que é e, não obstante as suas falhas e pecados, ele celebrará na pessoa do próprio Cristo.
É importante não confundir a alva ou túnica com a batina, esta é de cor preta ou de outra cor (de acordo com dignidade eclesiástica) e usada por clérigos e seminaristas. A alva é usada apenas no momento da celebração e é sempre de cor branca ou clara (pérola, gelo, creme...).
Cíngulo ou cordão (lat. cingulum, baltheus, zona): é um cordão comprido que se usa como cinto; serve para cingir à cintura a alva.
O cordão é tão antigo como a alva; enquanto os próprios leigos usaram amplas túnicas, cingiam-se sempre com cintos ou cordões, sendo até considerado como sinal de desleixo e desonestidade o aparecer alguém em público sem andar cingido. Lembra as cordas com que foi preso Jesus no horto, e com que o ataram à coluna, bem como os instrumentos da flagelação. Também simboliza a continência e castidade a que são obrigados os ministros do santuário. VASCONCELOS, Dr. António Garcia Ribeiro de, Compêndio de liturgia romana, vol. I, p. 100.
O padre distingue-se pela Estola, que é a faixa vertical que desce do pescoço paralelamente e significa o poder da autoridade sacerdotal. A cor da estola varia de acordo com o tempo litúrgico.
Casula Usadas pelos Bispos, Papa e sacerdotes. É uma espécie de capa ou “poncho” . A cor varia conforme o tempo litúrgico mas com tonalidades mais vistosas e brilhantes, as vezes também pode ser dourada ou prateada, substituindo o Branco. É uma veste solene, devendo ser usada em dias especiais ou festivos, mas também em dias comuns, ao menos pelo sacerdote que preside à celebração a estola sempre deve estar por baixo.

Objetos e locais

  • Altar: representa a mesa da Ceia do Senhor, onde Jesus instituiu a Eucaristia juntamente com seus discípulos e também o local do sacrifício do Cordeiro.
Geralmente fica num plano mais elevado para que possa ser visto por todos presentes
  • Toalha: Geralmente Branca, comprida, deve cobrir toda a mesa. Deve ser limpa, impecavelmente lavada e passada
  • Acitara: Véu usado na igreja para cobrir coisas sagradas.
  • Crucifixo: Sempre deve estar sobre o altar para lembrar que todo o mistério da redenção não deve ser separado da Eucaristia
  • Velas: A chama da vela significa a luz da Fé de todos os que estão presentes ali
  • Flores: Para ornamentação. Na época da quaresma e do Advento, exceto no Terceiro Domingo Gaudete, não se usam flores na Igreja.
  • Missal: Livro grande no qual o Padre segue a Missa. Ali está todo o rito da Missa, exceto as leituras do dia que estão em outro livro chamado Lecionário
  • Hóstias: Feitas de trigo puro sem fermento. Para os católicos depois da consagração são o Corpo de Jesus. A hóstia magna para o sacerdote é apenas para que possa ser vista de longe no momento da elevação. As pequenas são para a comunhão dos fiéis. Já estão fracionadas por praticidade e para que não se perca nenhum fragmento
Observação: Quem vai distribuir a Eucaristia deve antes purificar suas mãos, não apenas por questão de higiene mas também como sinal de purificação dos erros e pecados. Quando termina de distribuir a Eucaristia as mãos também devem ser lavadas (geralmente os dedos pois com eles que se pega a Eucaristia para distribuir) para que neles não fique nenhuma partícula.
  • Vinho: Deve ser puro de uva, sem acréscimo de álcool (apenas o álcool natural da própria uva). Após a consagração será o sangue de Jesus.
  • Cálice: Usado por Jesus na última Ceia, o cálice é um dos mais importantes objetos usados. Destina-se a receber o sangue de Jesus, sob a espécie do vinho. Os Cálices e outros Vasos Sagrados destinados a receber o Corpo e o Sangue de Cristo, tenham copa feita de matéria que não absorva líquidos, quebrem nem se alterem facilmente.
E também, sejam de Metal e sejam normalmente dourados por dentro, tratando-se de um metal oxidável; quando de metal inoxidável ou mais nobre que o ouro, não é necessária a douração.
Âmbula: Ou cibório. É semelhante ao cálice mas contém uma tampa. Nela colocam-se as hóstias para a distribuição e após a Missa são guardadas no sacrário . Podem ter diversas formas. São geralmente pratas ou douradas, e geralmente de material oxidável e dentro dourada.
Patena: É um pequeno prato bem raso. Sobre ele se coloca a hóstia usada pelo celebrante.
Pala: Um quadrado de cartolina revestido de tecido branco e serve para cobrir o cálice para não cair impurezas (poeira ou bichinhos) durante a Missa.
Sanguíneo: Uma "tira" ou toalha feita de linho segundo a Conferência Episcopal um pouco mais comprida branca. Serve para enxugar o interior do cálice e da âmbula. E também limpar a borda caso escorra. Nele o sacerdote enxuga os dedos e os lábios.
'Corporal: Uma toalha branca quadrada de linho e engomada. Chama-se corporal porque sobre ela se coloca o Corpo do Senhor que estão na âmbula e no cálice. É estendido pelo Sacerdote ou Diácono no centro do altar. Sobre ele ficarão as hóstias que serão consagradas no centro do altar. O Corporal recorda também o Santo Sudário onde foi envolvido Jesus logo que foi descido da cruz. Quando a comunhão é levada a doentes em hospitais ou em suas residências, os ministros cobrem a mesa com o corporal e colocam sobre ela a Teca com as hóstias já consagradas.
Manustérgio: Vem da palavra latina Manus que quer dizer mão. Uma toalha usada para enxugar as mãos dos ministros e sacerdotes durante a Missa.
Galhetas: São duas jarrinhas de vidro que ficam sobre o altar. Numa vai a água e na outra o vinho ainda não consagrado.
A água usada na celebração deve ser pura e natural. Serve para purificar as mãos do sacerdote após o ofertório, e dos ministros antes e depois as distribuição da Eucaristia. No momento da purificação o sacerdote profere baixo essas palavras: ”Lavai-me Senhor das minhas culpas e purificai-me dos meus pecados”
A água também é colocada no vinho (apenas algumas gotas) no momento do ofertório, antes da consagração para simbolizar a união da humanidade com a divindade de Jesus. Também é usada para purificar o cálice e a âmbula.
Sacrário: Palavra latina Sacrarium, significa lugar onde se guardam as coisas sagradas. Chamado também Tabernáculo, o sacrário é o lugar onde se conservam as hóstias já consagradas na Missa. O sacrário deve ser um recipiente seguro, bem fechado (a chave) e ornamentado. Deve ser colocado em lugar de honra nas Igrejas e capelas.
Luz ao lado do sacrário: geralmente vermelha significa que Jesus está ali presente
Ostensório: Estojo redondo, dourado ou prateado, artisticamente emoldurado (em forma de resplendor) e enfeitado, com pedestal e suporte. Uma hóstia grande é colocada bem no centro para ser vista pelos fiéis através do vidro redondo e ao mesmo tempo ficar protegida nas procissões ou adoração eucarística. É usado também quando o Sacerdotes dão a Benção solene com o Santíssimo Sacramento.
Teca: Recipiente redondo em forma de uma hóstia, feito de cor prateada ou dourada e deve ser feito de material digno e sólido segundo a Conferência Episcopal ou Costumes da região para outro material. Nela se guarda o Corpo de Cristo, para visitas aos Enfermos ou Viático.
Turíbulo: recipiente onde se queima o incenso usado nas celebrações litúrgicas, deve ser feito de metal e contém um "rito" próprio para seu uso com certas orações.
Naveta: recipiente onde fica o incenso antes de ser queimado no turíbulo, tradicionalmente tem formato de uma barca.
Liturgia: É o conjunto de cerimônias religiosas que foirmam o culto público e oficial que a Igreja presta a Deus.
Rito Significa Regra, forma de proceder durante as celebrações litúrgicas. O Rito mais usado pela Igreja Católica é o Romano, mas em outras existem outros ritos anteriormente explicados.
Curiosidades: Poucos sabem a forma como são lavados os panos usados na Missa (Sangüíneo, Corporal e Manustérgio).
Por conterem partículas da hóstia consagrada e do vinho consagrado elas são colocadas primeiramente de molho sem sabão, apenas com água separadas de outras peças.( e o sabão deve ser neutro)
A água onde elas ficaram de molho é jogada em uma terra ou vaso que contenha terra, ficam de molho novamente, a água vai novamente para a terra e depois sim lavadas com sabão normalmente.
Da mesma forma toda a água usada na Missa para purificação dos objetos e mãos não é jogada fora de qualquer forma e sim jogadas em vasos com terra ou diretamente na terra (poucos católicos sabem dessa prática)

sábado, 9 de julho de 2011

A ESTRUTURA DA MISSA CATÓLICA



A missa, na acepção simplificativa popular, é a celebração dominical comunitária do mistério pascal.

Ela é essencialmente, uma memória do evento em que Cristo passou do estado de fraqueza e de enfermidade na carne ao estado de glória, no qual o Pai o constituiu Senhor da história e do cosmo e "espírito vivificante" para toda criatura.

Uma missa católica geralmente contém cinco partes bem definidas:

- RITOS DE ENTRADA:

Compostos pela "saudação trinitária" pronunciada pelo sacerdote, a quem se une a assembléia; pela recíproca "confissão comunitária"; pela "imploração" da divina misericórdia com o canto do "Kyrie", alternado entre o celebrante e os fiéis; e o hino de louvor do "Glória", recitado pelo celebrante juntamente com os fiéis

- LITURGIA DA PALAVRA

contém o "salmo responsorial", escandido entre leitor e comunidade, o "canto aleluítico", que precede a "liturgia Verbi" extraído de um dos quatro evangelistas segundo o ciclo anual; a esta segue a "homilia", meditação aprofundada da proclamação da Palavra. A profissão de fé com o "Credo", recitado pela assembléia juntamente com o sacerdote, é como um grande e coletivo "Amém" a que se segue "a oração dos fiéis", intercessão pelas necessidades universais;

- LITURGIA EUCARÍSTICA

aqui começa a fase estritamente sacramental da celebração: a atenção litúrgica desloca-se do ambão para o altar por meio do "ofertório", ou seja, a oferta do pão e do vinho com a segunda oração presidencial, a "oração sobre as oferendas"; segue-se a "oração eucarística", que é recitada somente pelo celebrante. Terminado o prefácio, o celebrante convoca toda a assembléia ao tríplice louvor do "Sanctus" para se recolher em seguida na "palavra-memorial" ou epiclese consecratória sob intercessão do Espírito Santo, segue-se a grande oração das "intercessões", união da Igreja itinerante com a Igreja gloriosa, agradecimento e intercessão ao mesmo tempo.

- RITOS DE COMUNHÃO:

constam da oração comunitária do "Pai Nosso", ponte entre a consagração e a consumação do banquete; depois vem a "doxologia-aclamação" da assembléia, o augúrio e "a troca da paz", a "fractio panis" com a invocação no "Agnus Dei" e o convívio, sinal do banquete no Reino; terminam os ritos com a terceira oração presidencial, expressão de reconhecimento e súplica de eficácia do mistério celebrado;

- RITOS DE DESPEDIDA:

podem conter avisos do celebrante à comunidade, além da saudação final, do "a missa terminou, ide em paz" e da bênção, além de música final

terça-feira, 28 de junho de 2011

O que é liturgia?


Liturgia é a ação do Povo de Deus, reunido em Jesus Cristo, na comunhão do Espírito Santo.

É sempre uma celebração de Mistério Pascal, isto é, passagem da morte para vida, através de sinais, gestos e palavras. A liturgia é ação de Cristo na Igreja.

O ponto culminante de uma comunidade eclesial é a celebração comunitária, onde todos expressam sua fé comum; ouvem o mesmo Senhor, Salvador e Libertador; agradecem os favores de Deus; cantam as mesmas canções. Aí todos louvam a Deus e os laços do amor fortalecidos. Cresce a fraternidade e o Povo de Deus se reanima, sobretudo nos Sacramentos, para continuar a luta pela construção do Reino.

Nenhuma atividade pastoral pode realizar-se sem referencia à liturgia. Qualquer celebração tem sentido evangelizador e catequético. Toda ação pastoral terá como ponto de referencia a liturgia, na qual se celebra a memória e se proclama a atualidade do projeto de Jesus Cristo. (Conf. Doc. 38 —CNBB)

A celebração litúrgica, como a obra de Cristo Sacerdote, e da Igreja que é seu Corpo, é uma ação sagrada por excelência. Sua eficácia não é igualada por nenhuma outra ação da Igreja. (Conf. SC 7)


Quando falamos de liturgia, temos presente:

• A Missa ou Celebração Eucarística;

• Celebração dos Sacramentos (batismo, crisma, eucaristia, penitencia, unção dos enfermos, ordenação, matrimonio);

• A Celebração dos Sacramentais (bênçãos, encomendação dos mortos...);

• A Celebração da Palavra ou Culto;

• A Liturgia das Horas;

• O Ano Litúrgico.

A necessária organização litúrgica.

Todos sabemos que nenhuma atividade na comunidade funciona sem um mínimo de organização. A liturgia não foge desta nescessidade. Para que a dimensão celebrativa funcione bem. Para que haja participação de todos, se faz necessário que alguém, uma equipe pense, planeje, prepare com carinho e dedicação.

As celebrações das comunidades, das paróquias e das Dioceses precisam de um grupo de pessoas, de uma equipe ou de várias equipes que prestem esse serviço comunitário. O primeiro critério que esta equipe ou pessoas devem ter presente, é o "Querer Celebrar Bem". Celebrar de tal modo que favoreça a participação de todos os presentes.

O Grupo litúrgico de nossa Paróquia tem como objetivos norteadores os de:
  • Reunir e refletir melhor o verdadeiro sentido da liturgia em nossa paróquia;
  • Estudar e aprofundar os temas litúrgicos;
  • Aprimorar sempre nossas liturgias.

    E como objetivos específicos temos:
  • Formar e animar equipes de Liturgia em cada pastoral;
  • Escolher cantos adequados ao tempo litúrgico;
  • Valorizar e resgatar nas celebrações os gestos de acolhida e de boas-vindas;
  • Promover curso de canto pastoral, Caminhar junto com a equipe de liturgia arquidiocesana;
  • Estudar documentos importantes da Igreja, tais como: constituição “Sacrosanctum Concilium”; Animação da Liturgia (CNBB) e outros;
  • Organizar um calendário paroquial de encontros de música sacra para todos os que estão envolvidos na liturgia da paróquia;
  • Despertar para a consciência da necessidade de uma liturgia inculturada;
  • Valorizar as festas de cunho religioso, devocional e popular.